Às vadias


Olá leitores! Como foi o final de semana de todos??? O meu foi com vadias, muitas vadias.

Sábado cedo fui fazer o teste psicoloco para retirar a carteira de motorista e logo após isso dei uma passadinha no centro de Curitiba. Entre buzinas e trânsito parado pude ver uma movimentação saindo da praça do Homem Nu, local onde gays, lésbicas e simpatizantes se reúnem em época de passeata. Estava ocorrendo mais uma, mas não era para os gays em geral, e sim para as vadias. Vadias meus amigos, vadias! A Marcha das Vadias. Uma mistura de reivindicação dos direitos da mulher, machismo e exploração do corpo. Puta marcha - perdão pelo trocadilho - se não fosse a extravagância e os exageros nas vias. Digo isso por causa do episódio a seguir.

Tavo lá caminhando, rindo e vendo a passeata até que uma velha começou a falar aos ares dizendo que são desrespeitadas, que fazem o que quiserem com seu corpo e bla bla bla. Eis que abriu seu decote e... ui que chão gelado. Puta velha com os peitos apontando para cada lado. Por que as gostosinhas não fazem isso? Tem que ser sempre as geriátricas para fazer o povo passar a tal da vergonha alheia. Mas vá lá, desconto pra meretriz, estava reivindicando seus direitos.

O problema não é lutar pelo que é deles, mas como fazem isso. O peito é da velha e ela da a quem quiser. Aliás, as famosas frases embaladas das passeatas estava presente também, mas uma me chamou a atenção. Não lembro o começo, mas terminava assim: "o corpo é meu e eu dou para quem eu quiser". Tudo isso com rebolations, dancinha na boca da garrafa e lambidinha no bico do seio. Mas enfim, o problema está em como a manifestação é realizada. De uma passeata para reivindicar direitos, passamos a uma exibição de coxas, seios, e apelação sexual transformando o objetivo em mera atração.

Os olhares machistas presentes queriam mesmo é ver a putaiada arrancar a roupar e rebolar até o chão. E creio que podemos sim mudar o mundo com passeatas, mas antes de sair por aí gritando, pense um pouco em como gritar.

Amplexos!

4 Pelarau:

Carla Maria Forlin disse...

que pena

Silvia disse...

Eu realmente não entendi o objetivo daquelas pessoas, me pareceu contraditório o tema com o comportamento.

Anônimo disse...

"Mas vá lá, desconto pra meretriz, estava reivindicando seus direitos."
Meretriz?
É contra o preconceito, o machismo e sobretudo a liberdade de se fazer o que quiser, sem ser assediada por isso, que elas sairam às ruas, pode não ser o modo mais correto (observando-se os padrões morais da nossa sociedade) de se fazer isso, mas ao menos não ficaram de braços cruzados, como muitos!

Edu.

Unknown disse...

MERETRIZ, não cabia outro a não ser exatamente esse. Exaltar em plena praça pública "sou puta e dou para quem quiser" não é muito apropriado. Concordo quando diz em não ficarem de braços cruzados, mas transformar em chacota, aquilo que deveria ser usado como manifestação, aí já é demais.

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